21 de fevereiro de 2007

Temos de reflectir sobre este tema do cartão do cidadão. Estive a ler alguma da informação no sitio oficial e a coisa promete. Encontrei também esta reflexão ...



Think BIG Mr. Socrates!

Ouse pensar em grande, Senhor Sócrates! Não basta pensar num "Citizen Card" que englobe Cartão de Contribuinte, Cartão de Eleitor, Bilhete de Identidade e Cartão de Utente da Segurança Social. Vamos além disso, que o país precisa e é este o momento de avançar para tudo o que lá couber dentro. Assim de repente estou a lembrar-me do meu cartão de milhas Vitória, o cartão do Modelo, o de dador de sangue, todos os meus cartões de múltiplas gasolineiras, os das pizzarias, aqueles que à décima pizza me dão uma grátis. O dos cinemas da Medeia e quem sabe, num gesto absolutamente inovador, o calendário de plástico do Oculista Central de Vendas Novas que trago comigo e não sei porquê. E o do Benfica, Senhor Sócrates? Já viu bem as potencialidades disto? Vender kits de cidadão que permitam descontos em gasolina, pizzas, impostos, segurança social. E isto é só o começo. Campanhas de pontos! Um tipo vai votar e acumula pontos. Um tipo vai a uma consulta do médico de família e ganha milhas. Com um bom planeamento e um catálogo policromado, em bom papel, os cidadãos poderiam, quem sabe, trocar pontos por cargos. Vejo a luz, Senhor Primeiro-Ministro. Vou começar a planear os meus actos cívicos. Conto ter a Grã Cruz da Ordem de Cristo dentro de cinco anitos...

in Reflexões de um cão com pulgas...

1 comentário:

Aurélio Malva disse...

A reflexão que me ocorre fazer é…
Sobre uma economia (quase) estagnada ou inexistente. Ontem, por exemplo, andei com a Glória a ver roupas e não encontrei absolutamente nada "made in Portugal".
Ou sobre o desemprego, que atingiu, no último trimestre de 2006, mais de meio milhão de portugueses.
E mais a reforma do sistema educativo em que, por mais que os que estão do "lado de fora" pensem o contrário, ninguém dos que estão dentro dele acredita.
E ainda sobre o SNS, com a extinção de serviços de urgência e encerramento de maternidades.

Sobre o cartão do cidadão, a posta do Aniceto é mesmo para… rir. No fundo, penso que a ironia dele vai no mesmo sentido da minha crítica: são medidas que não se reflectem na melhoria da realidade.

Apesar de tudo, não tenho nada contra o cartão se for para desburocratizar e dinamizar a sociedade. Também ficaremos mais controlados (a informatização tem esse "inconveniente").